Nesta sala estão recriadas algumas etapas do processo de trabalhar as peles animais, com muitas fotografias, testemunhos e outros documentos.

Núcleo 2

Couros

O Curtir Ciência está instalado numa antiga fábrica de curtumes, na chamada “Zona de Couros”. Os nomes do centro e do quarteirão remetem para a curtimenta de peles que, no séc. XIX, era uma das atividades mais importantes de Guimarães. Nesta sala estão recriadas algumas etapas do processo de trabalhar as peles animais, com muitas fotografias, testemunhos e outros documentos.

Desde a pré-história que há indícios que o Homem utilizava peles de animais para se proteger das condições climáticas muitas vezes hostis à sua sobrevivência. Isso obrigou a que o Homem procurasse dominar meios que permitissem conservar o seu calçado e vestuário por períodos de tempo cada vez mais longos.

Com o domínio do processo de curtimenta de peles animais, o Homem aumentou as aplicações destes bens para um patamar superior uma vez que as peles deixaram de decompor ao longo do tempo. Na região de Guimarães, nos finais do séc. XIX, uma das mais importantes atividades económicas era a curtimenta de peles de tal forma que surgiu mesmo um quarteirão, espécie de “região demarcada”, conhecido por Zona de Couros.

Numa sala que mantém as condições de conservação originais é possível conhecer a forma como os nossos antepassados realizavam as várias etapas do processo de curtimenta e perceber porque é que ainda hoje os seus conhecimentos são tão importantes.

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Couros

MÓDULO 1

Sala

Curtimenta

A Ribeira

A transformação das peles em couros esteve associada durante séculos ao processo de curtição vegetal, através da aplicação de casca de carvalho. Muito demorada, a transformação das peles em couros resultava de sucessivas imersões e repousos em tanques com casca de carvalho, cujo tanino é indissociável do tradicional processo aqui adotado. As peles provinham do abate de animais nos matadouros. Podiam também ser encaminhadas de vários pontos do mundo, chegando a Guimarães por intermédio de negociantes, muitos dos quais instalados no Porto.

A Curtimenta

Por Curtimenta referimo-nos ao conjunto de operações que tornavam a pele imputrescível, após a aplicação de substâncias vegetais com propriedades tanantes. Carvalho ou sumagre eram os produtos aplicados na curtimenta, sob a forma de cascas trituradas. Em Guimarães, a casca de carvalho constituía o produto mais requisitado, sendo os extratos apenas introduzidos quando algumas fábricas aceleraram os processos de curtimenta com a introdução de um mecanismo, designado por “tanú” ou “folão”, que substituiu o processo de ribeira.

O Aparelho

Depois de lhes ser aplicado o curtume, as peles recebiam as operações de acabamento. Estas variavam em função da finalidade a que se destinavam as peles, pelo que a procura do mercado tinha aqui influência ssinalável. Assim, nuns casos procurava-se tingir ou gravar os couros, noutros dar-lhe mais flexibilidade através da impregnação de gorduras, torná-los mais ou menos espessos, rugosos ou lisos, consoante as finalidades comerciais dos produtos.

Recordar a força do ofício:

lavar, curtir e surrar.

btt