Sabia que… há muitas curiosidades em torno da Ciência?

Publicado por Joaquim Forte

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Por exemplo: nem todas as aves são pássaros. Ou Vénus é o planeta mais quente do Sistema Solar. E Sabia Que o sabão tradicional pode substituir o gel desinfetante?

  • Por Ana Francisca Mota, Dionísio Gomes e Cláudia Freixo

Estes combustíveis são encontrados na crosta terrestre e contêm carbono e hidrogénio, que podem ser queimados para obter energia. Carvão, petróleo e gás natural são exemplos de combustíveis fósseis.  

O carvão é um material geralmente encontrado em depósitos de rochas sedimentares onde as rochas e as plantas mortas e a matéria animal são amontoadas em camadas. Mais de 50% do peso de um pedaço de carvão deve ser de plantas fossilizadas.

O óleo é originalmente encontrado como um material sólido entre camadas de rocha sedimentar. Este material é aquecido para produzir o óleo espesso que pode ser usado para fazer gasolina.

O gás natural é geralmente encontrado em bolsas acima de depósitos de petróleo. Também pode ser encontrado em camadas de rocha sedimentar que não contêm óleo. O gás natural é constituído principalmente por metano.

81% da energia total utilizada nos Estados Unidos provém do carvão, do petróleo e do gás natural. Infelizmente, os combustíveis fósseis são um recurso não renovável e esperar milhões de anos para que novos depósitos de carvão, petróleo e gás natural se formem não é uma solução realista. Os combustíveis fósseis são também responsáveis por quase três quartos das emissões das atividades humanas nos últimos 20 anos. Agora, cientistas e engenheiros têm procurado formas de reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis e de tornar a sua queima mais limpa e saudável para o ambiente.

Há investigações em curso para disponibilizar veículos movidos a gás natural e para tornar a queima de carvão e a perfuração de petróleo mais limpa. Uma solução é usar mais gás natural, que emite 50% menos dióxido de carbono para a atmosfera do que o carvão. Outra solução em estudo é remover o dióxido de carbono da atmosfera e armazená-lo no subsolo – um processo chamado captura e sequestro de carbono.

A poluição sonora é um perigo invisível. Não pode ser visto, mas está presente, tanto em terra como debaixo do mar. A poluição sonora é considerada qualquer som indesejado ou perturbador que afete a saúde e o bem-estar dos seres humanos e de outros organismos.

O som é medido em decibéis. Há muitos sons no ambiente, desde folhas, sussurros (20 a 30 decibéis) a um trovão (120 decibéis) até ao lamento de uma sirene (120 a 140 decibéis). Sons que atingem 85 decibéis ou mais podem danificar os ouvidos de uma pessoa. Fontes sonoras que excedem este limiar incluem coisas familiares, como cortadores de relva (90 decibéis), comboios (90 a 115 decibéis) e concertos de rock (110 a 120 decibéis).

A poluição sonora afeta diariamente milhões de pessoas. O problema de saúde mais comum que causa é a perda auditiva induzida por ruído. A exposição ao ruído alto também pode causar pressão arterial elevada, doenças cardíacas, distúrbios do sono e stress. Estes problemas de saúde podem afetar todas as faixas etárias, especialmente as crianças. Muitas crianças que vivem perto de aeroportos barulhentos ou ruas sofrem de stress e outros problemas, tais como deficiências na memória, nível de atenção e habilidade de leitura.

A poluição sonora também afeta a saúde e o bem-estar da vida selvagem. Estudos mostraram que os ruídos altos fazem com que o coração das lagartas bata mais rápido e os pássaros azuis tenham menos pintos. Os animais usam som por uma variedade de razões, incluindo para navegar, encontrar comida, atrair companheiros, e evitar predadores. A poluição sonora dificulta-lhes a realização destas tarefas, que afetam a sua capacidade de sobrevivência.

O aumento do ruído não afeta apenas os animais em terra, como também é um problema crescente para aqueles que vivem no oceano. Navios, brocas de petróleo, dispositivos de sonar e testes sísmicos tornaram o ambiente marinho caótico. Baleias e golfinhos são particularmente afetados pela poluição sonora. Estes mamíferos marinhos dependem da ecolocalização para comunicar, navegar, alimentar e encontrar companheiros, e o ruído em excesso interfere com a sua capacidade de ecolocalização.

Alguns dos ruídos subaquáticos mais altos vêm de aparelhos de sonar naval. O sonar, como a ecolocalização, funciona enviando pulsos de som para as profundezas do oceano para saltar de um objeto e devolver um eco à nave, o que indica a localização do objeto. Os sons de sonar podem atingir 235 decibéis, interferindo com a orientação das baleias.

As vacinas podem ser preventivas, se evitam as doenças, ou terapêuticas, se usadas para tratar uma doença já estabelecida. A vacinação teve o seu maior êxito com a erradicação da varíola à escala global. Para além do benefício direto de poder evitar um enorme custo humano e económico, nos sistemas de saúde, prevenido a mortalidade ou morbilidade associada às doenças infeciosas, o uso de vacinas pode ter ainda benefícios indiretos, evitando, por exemplo, no caso das vacinas antibacterianas, a utilização de antibióticos. Contribuem assim para evitar o desenvolvimento de estirpes bacterianas multirresistentes e a preservação de uma microbiota saudável. Na vacinação maternal, o efeito pode ser duplo, uma vez que imunizando as mães, estas podem transmitir anticorpos aos fetos e aumentar a sua resistência a possíveis infeções após o nascimento. Como as pessoas idosas têm uma menor capacidade de resistir a infeções e até de responder à vacinação, é importante que esta se faça de forma massiva nas camadas mais jovens da população, evitando assim a propagação de doenças e protegendo os idosos pelo efeito de imunidade de grupo. Este facto responsabiliza-nos a todos como membros de uma comunidade, mas também é gratificante por fazer de cada um de nós um agente de proteção.

As vacinas trazem benefícios óbvios para a saúde humana, mas assistiu-se recentemente ao surgimento ou ressurgimento de movimentos anti-vacinação, na sua maioria fundamentados em dados pseudocientíficos que a internet permite difundir sem o devido escrutínio. Apesar de muito recente, a realidade impactante da atual pandemia de COVID-19 tem demonstrado a necessidade de apostar na vacinação como a forma mais eficaz de combater esta doença infeciosa, o que pode generalizar-se a outras doenças infeciosas.

  • Fonte: Revista de Ciência Elementar

Em média, num adulto a pele pesa cerca de 4 quilos e tem 2 m2, fazendo com que  ocupe o 1º lugar no pódio dos órgãos mais extensos e pesados.

A pele é muito importante, é um tecido de revestimento, protegendo-nos contra agentes patogénicos. Mas tem outras funções importantes: também funciona como um sensor entre o cérebro e o meio externo (temperatura, pressão, tato) e ainda excreta substâncias que o organismo precisa de eliminar.

É composta por três camadas:

  • A hiperdeme, camada mais superficial, onde estão os melanócitos que são as células responsáveis pelo pigmento que dá cor à pele;
  •  A derme,  camada intermédia, responsável por conferir elasticidade e resistência à pele
  • A hipoderme composta por célula adiposas que atuam como um depósito de gorduras e protegem contra traumas físicos.

CURIOSIDADES

Num único centímetro de pele existem:

  • 65 pequenos músculos ligados a outros tantos pelos;
  • 70 recetores do calor;
  • 15 recetores do frio;
  • 100 glândulas sebáceas;
  • Mais de 500 glândulas sudoríparas;
  • Dezenas de milhões de células

Quanto pesam os outros órgãos?

  • O Intestino grosso pesa aproximadamente 1,8 kg
  • O Intestino delgado, o fígado e o cérebro pesam aproximadamente 1,5 kg
  • Cada pulmão pesa aproximadamente 1,25kg 
  • O coração pesa aproximadamente 300 gramas

Referências:

 

 

Desde a primeira metade do século XX era prática comum usar canários nas minas de carvão para detetar a existência de gases potencialmente nocivos para os mineiros, nomeadamente monóxido de carbono. Estes pequenos passeriformes, ao apresentar um metabolismo elevado e rápidas taxas respiratórias, sucumbiam na presença de gases nocivos que se acumulavam nas galerias das minas. Esse seria o sinal de alerta para os mineiros, permitindo assim que estes atuassem em conformidade com o risco.

O mineiro R. Thornburg mostra a pequena gaiola com um canário usado para avaliar a presença de gases nocivos em 1928. (George McCaa, U.S. Bureau of Mines)

A coloração viva dos canários também permitia que fossem mais facilmente observados em condições de fraca visibilidade. Esta prática apenas foi posta de lado em 1986, aquando da introdução de meios tecnológicos que permitiam fazer leituras digitais recorrendo a detetores eletrónicos.

Informações relacionadas com colisões de animais selvagens com aerogeradores são difíceis de obter e analisar tendo em conta que a maioria consta de relatórios não publicados e formas de literatura cinzenta. No entanto, a partir deste conjunto de informações tornou-se claro que a maioria das atenções se têm concentrado em aves de rapina, passeriformes, aves marinhas e quirópteros, ou seja, vertebrados que voam a alturas passiveis da ocorrência de contato com a torre e pás do aerogerador.

As aves são um dos grupos mais afetados pela presença de parques eólicos. Os impactes sobre a avifauna podem ser diretos e indiretos. Os indiretos devem-se principalmente às perdas e perturbações nos habitats e à interferência com as rotas migratórias, devido ao efeito barreira, que pode apresentar consequências preocupantes devido à possibilidade de aumento do gasto energético. Outro efeito indireto prende-se com a potencial interrupção das ligações entre áreas de alimentação, repouso e áreas de nidificação. É ainda relevante considerar os impactes cumulativos causados pela presença de vários parques eólicos numa região.

Os impactes diretos são aqueles que resultam da colisão com as estruturas existentes no parque eólico. A mortalidade direta ou lesões letais em aves podem resultar não apenas de colisão com os rotores, mas também com as torres, pás e estruturas associadas, tais como cabos, linhas de energia e mastros meteorológicos. As aves podem também embater no solo devido à perturbação do seu trajeto de voo provocado pelo vórtice de ar criado pelos rotores em movimento.

A maioria das colisões ocorre durante as movimentações diárias para os locais de pernoita, na busca de alimento ou ainda durante a parada nupcial e durante a migração. As movimentações diárias normalmente ocorrem a alturas mais baixas do que as registadas nos movimentos migratórios. As espécies migradoras que se deslocam à noite tendem a voar mais baixo e são particularmente vulneráveis a colisões. As que se deslocam durante o dia tendem a voar mais baixo perante más condições climatéricas, podendo entrar na área de influência dos aerogeradores. De facto, as condições meteorológicas parecem influenciar significativamente o risco de colisão: se a visibilidade for boa as aves têm mais tempo para alterar a sua rota de voo caso estejam na direção de algum aerogerador; ventos fortes e baixa visibilidade tendem a aumentar o risco. Em dias com condições de céu encoberto, nevoeiro, chuva, vento forte e em noites escuras as aves tendem a voar a baixas altitudes, o que propicia colisões com os aerogeradores. Nestas condições meteorológicas as luzes dos aerogeradores e de todas as infraestruturas associadas aos parques eólicos podem ainda atrair as aves e aumentar o risco de colisão.

Fonte | Cláudia Susana Monteiro de Freixo, Aplicação de um modelo baseado em agentes (ABM) para avaliação do impacte ecológico de parques eólicos em populações reprodutoras de Alauda arvensis: um caso de estudo., 2013. Dissertação (Engenharia do Ambiente) – Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Ao contrário dos humanos, os gafanhotos não têm ouvidos na cabeça. Como as orelhas das pessoas, o detetor de som de gafanhotos é uma membrana fina chamada tímpano. Em adultos, o tímpano é coberto e protegido pelas asas, e permite que o gafanhoto ouça as canções dos seus colegas gafanhotos.

O gafanhoto tympanum é adaptado para vibrar em resposta a sinais que são importantes para o gafanhoto. Os gafanhotos machos usam sons para chamar companheiros e para reclamar território. As fêmeas podem ouvir o som que os machos fazem e julgar o tamanho relativo do macho a partir do tom da chamada (os machos grandes fazem sons mais profundos). Outros machos podem ouvir os sons e julgar o tamanho de um potencial rival. Os machos usam esta informação para evitar lutas com gafanhotos machos maiores ou para perseguir rivais menores do seu território.

É difícil imaginar o tamanho da baleia azul, o maior animal que habita a terra. Mede cerca de três autocarros e só o coração é do tamanho de um carro. Há registos de indivíduos com mais de 30,5 metros de comprimento. Um peso médio para um adulto é de 100 a 150 toneladas. As baleias azuis têm uma cor azul-cinza, manchada com cinza claro. São longas e aerodinâmicas. As barbatanas dorsais são extremamente pequenas, e as suas barbatanas peitorais são longas e finas.

Foram encontradas em todos os oceanos do mundo, exceto no Ártico. Nadam individualmente ou em pequenos grupos. Aproximadamente 1.500 baleias azuis vivem ao largo da costa da Califórnia e migram para o México e Costa Rica.

As fêmeas dão à luz a cada dois ou três anos e permanecem grávidas cerca de um ano. Quando nasce, mede cerca de 7 metros de comprimento e pesa entre 2.267 a 2.722 kg. Uma mãe baleia-azul produz mais de 200 litros de leite por dia. As baleias azuis podem comer até 6 toneladas de peixe por dia durante a época de alimentação!

A baleia azul é considerada uma espécie em extinção. Era muito rápida e poderosa para os baleeiros do século XIX caçarem, mas com a chegada de canhões de arpão tornaram-se uma espécie muito procurada pelas suas grandes quantidades de gordura. A matança atingiu um pico em 1931, quando 29.649 baleias azuis foram pescadas. Com proteção, hoje há entre 5.000 a 10.000 baleias azuis no Hemisfério Sul e cerca de três a quatro mil no Hemisfério Norte.

A saliva é o primeiro fluido a entrar em contacto com os alimentos durante o processamento oral. É o fluido através do qual os compostos de sabor e aroma são libertados na cavidade oral e continuamente misturado com alimentos. A complexidade da composição da saliva, com compostos originários de diferentes glândulas salivares, fluido gengival, microrganismos e desperdício alimentar, juntamente com a sua natureza variável aumentam as possibilidades de interações com compostos alimentares e diferentes papéis na perceção. Estes fatores incluem a proteção das papilas gustativas, os efeitos dos caudais, hormonas salivares, eletrólitos e compostos orgânicos, e finalmente o impacto da perceção nas secreções salivares.

A saliva é um componente fluido do ambiente externo das células que recebem sabor. O seu papel principal inclui o transporte de substâncias gustativas e a proteção do recetor de sabor. No processo inicial de perceção do sabor, a saliva atua como solvente para substâncias gustativas. Durante este processo, alguns constituintes salivares interagem quimicamente com substâncias gustativas. Por exemplo, iões de bicarbonato que diminuem a concentração de iões de hidrogénio livres (sabor azedo), e existem algumas proteínas salivares que podem ligar-se a substâncias amargas. Outro efeito da saliva na transdução do sabor é que alguns constituintes salivares podem estimular continuamente o recetor de sabor, resultando numa mudança na sensibilidade do sabor. Por exemplo, o limiar de deteção de sabor para NaCl é ligeiramente superior às concentrações de sódio salivar com que o recetor de sabor é continuamente estimulado. Em contraste, a saliva protege o recetor de sabor de danos causados pela secura e infeção bacteriana, e diminui o transporte de estímulos de sabor para os locais recetores. Este é um efeito a longo prazo da saliva que pode estar relacionado com distúrbios de gosto. Estes vários efeitos da saliva na perceção do sabor diferem dependendo da relação anatómica entre papilas gustativas e aberturas orais de canais da glândula salivar. As papilas gustativas localizadas na superfície da parte anterior da língua e do palato mole são banhadas em saliva mista segregada principalmente pelas três principais glândulas salivares.

Apesar do seu nome, as baleias assassinas ou as orcas são os maiores membros da família dos golfinhos. Tecnicamente, as orcas também são baleias porque os delphinidas pertencem à ordem de Cetáceos dentro da subordem da baleia-dentada (Odontoceti). No entanto, o termo baleia é tipicamente reservado para baleias baleares da subordem Mysticeti.

A principal característica física que garante que as orcas são os golfinhos é a presença de um melão – um depósito gordo que ajuda os animais na ecolocalização e só existe nos golfinhos.

As orcas são altamente inteligentes, altamente adaptáveis e capazes de comunicar e coordenar táticas de caça. São nadadores extremamente rápidos e foram registados a velocidades de até 54 km/h! Uma orca selvagem pode percorrer mais de 160 km por dia, alimentando-se e socializando.

Dois dos corações trabalham exclusivamente para mover o sangue para além das guelras do animal, enquanto o terceiro mantém a circulação fluindo para os órgãos. Quando o polvo nada, o coração do órgão para de bater, o que explica porque é que estas criaturas preferem rastejar em vez de nadar (esgota-as).

Um polvo também tem nove cérebros. Há um cérebro ‘principal’ onde todas as análises e tomadas de decisão ocorrem e oito cérebros auxiliares – um na base de cada braço – que funcionam como pré-processadores para toda a informação obtida por aquele braço. Dois terços dos neurónios de um polvo residem nos seus braços, o que pode descobrir de forma independente como abrir um marisco, por exemplo, enquanto o cérebro principal está ocupado a fazer outra coisa.

O nosso sangue é vermelho devido ao facto de conter hemoglobina à base de ferro para transportar oxigénio para as células. Os polvos, por outro lado, usam a cianoglobina à base de cobre, que desempenha a mesma função, embora de forma menos eficiente – o que faz com que os polvos tenham menos resistência do que se poderia esperar.

Oito de junho é Dia Mundial dos Oceanos. Uma forma de assinalar a data passa por lembrar os perigos que os oceanos enfrentam.

Os Oceanos são os maiores constituintes da superfície da Terra, ocupando cerca de 71% do planeta. Este valor não se afasta muito da percentagem de água no corpo humano, e todos nós sabemos como é importante manter o nosso corpo hidratado.

A Terra não é diferente de nós, também ela tem que estar hidratada, e além disso essa água tem que ter qualidade uma vez que é essencial à vida por vários fatores:

  • Serve de habitat para alguns seres vivos (cerca de 80% das espécies);
  • As algas marinhas produzem cerca de 54% do oxigénio através da fotossíntese;
  • Regula a temperatura;
  • Caracteriza climas;
  • E ainda tem uma importância a nível económico e lazer.

Mas nos últimos anos não são só os seres vivos que lá habitam.

MAIS DE 150 MILHÕES DE TONELADAS DE PLÁSTICO EXISTEM NOS OCEANOS NA ATUALIDADE.

Estes plásticos são confundidos com alimento, pondo em risco a vida marinha e todos os privilégios que os oceanos nos dão.

Infelizmente este não é o único problema. A contaminação dos oceanos ocorre também devido a poluentes líquidos derivados de descargas agrícolas, industriais, nucleares e até de águas residuais sem o devido tratamento. Quando estes resíduos líquidos chegam aos oceanos põem em risco a fauna e flora dos mesmos

Por isso, todos devemos ter atitudes conscientes e prevenir estes comportamentos que prejudicam os nossos oceanos.

Referências

  • https://www.europarl.europa.eu/news/pt/headlines/society/20181005STO15110/plastico-nos-oceanos-os-factos-os-efeitos-e-as-novas-regras-da-ue (consultada a 4 de Junho)
  • https://www.quercus.pt/comunicados/2017/outubro/5424-como-acabar-com-a-poluicao-dos-oceanos-por-plastico (consultada a 4 de Junho)
  • https://www.iberdrola.com/wcorp/gc/prod/pt_BR/comunicacion/docs/Infografico_Poluicao_dos_oceanos.pdf (consultada a 4 de Junho)

 

A mosca da casa, Musca domestica Linnaeus, é uma conhecida praga rural e urbana. É sempre encontrada em associação com os humanos. É a espécie mais comum encontrada em explorações de porcos e aves. São um incómodo, mas acima de tudo podem transportar organismos causadores de doenças.

Esta mosca comum teve origem na Ásia Central, mas vive agora em todos os continentes habitados, em todos os climas, de tropicais a temperados, e em diversos ambientes, do rural ao urbano. É geralmente associada às fezes de animais, mas adaptou-se bem à alimentação do lixo, por isso é abundante em qualquer lugar em que as pessoas vivam.

Os adultos geralmente vivem entre 15 e 25 dias, mas podem chegar aos dois meses. Sem comida, sobrevivem apenas dois a três dias. A longevidade é potenciada pela disponibilidade de alimentos adequados, especialmente açúcar. As moscas fêmeas precisam de acesso a alimentos adequados (proteínas) para permitir a produção de ovos; o estrume por si só não é adequado. A potencial capacidade reprodutiva das moscas é tremenda. Geralmente desenvolvem-se em grande número em estrume de aves de capoeira. Esta espécie de mosca não morde, mas o seu controlo é vital para a saúde humana. Os danos mais importantes são os relacionados com a potencial transmissão de agentes patogénicos (vírus, bactérias, fungos, protozoários e nemátodos). Os organismos patogénicos são recolhidos no lixo, esgotos e outras fontes de imundície, e depois transferidos para as suas partes da boca, através do vómito, fezes e partes do corpo externo contaminadas para alimentos humanos e animais.

Particularmente preocupante é o movimento de moscas de fezes animais ou humanas para alimentos que serão comidos crus pelos humanos. Quando consumidos por moscas, alguns agentes patogénicos podem ficar alojados nas partes da boca ou no canal alimentar durante vários dias, e depois são transmitidos quando as moscas defecam ou regurgitam. Em situações de falta de canalização, podem desenvolver-se graves problemas de saúde, especialmente se houver mercados alimentares ao ar livre, hospitais ou matadouros nas proximidades. Entre os agentes patogénicos geralmente transmitidos pelas moscas da casa estão Salmonella, Shigella, Campylobacter, Escherichia, Enterococcus, Chlamydia,e muitas outras. Estas moscas estão mais ligadas a surtos de diarreia e shigellose, mas também são responsáveis por intoxicações alimentares, febre tifóide, disenteria, tuberculose e vermes parasitas.

Os camelos dromedários têm uma série de mecanismos de adaptação que os ajudam a sobreviver com sucesso em climas secos e áridos em que há escassez de água e alta temperatura ambiental. Os camelos têm mecanismos fisiológicos, anatómicos e de adaptação comportamental. A capacidade de conservação da água, as características únicas do sangue, termorregulação, digestão eficiente e metabolismo estão entre as adaptações fisiológicas. Os olhos, narina e lábios, grande tamanho do corpo e altura, contribuem para a sua sobrevivência. Além disso, o comportamento alimentar,  térmico e sexual dos camelos também desempenha um papel importante no sucesso da sua existência no deserto. Apesar do seu grande contributo para o sustento de muitos pastores em diferentes partes do mundo em que outros animais enfrentam dificuldades, os camelos são os animais domésticos mais negligenciados pela comunidade científica.

Os camelos do deserto desenvolveram adaptações fisiológicas que reduzem a quantidade de água perdida ou são capazes de tolerar quantidades significativas de perda de água. Onde a forragem verde está disponível em climas suaves, o camelo pode ficar vários meses sem beber. Durante as estações de inverno e frio do ano, os camelos podem ficar sem água durante meses.  Em condições muito quentes, pode beber apenas a cada oito a dez dias e perder até 30% do seu peso corporal através da desidratação. Quando a temperatura média atinge os 30-35°C, os camelos podem passar de 10 a 15 dias sem água, mas quando a temperatura excede os 40°C, são necessários períodos mais curtos. Os tratos digestivos e urinários são especializados na conservação da água. O gado perde 20 a 40 litros de líquido diariamente através de fezes, enquanto os camelos perdem apenas 1,3 litros. É um dos principais métodos para resistir à privação de água no deserto. No que toca à hidratação, em termos de ingestão real de água, bebe cerca de 110 litros em 10 minutos. Noutros animais, a reidratação a estes níveis levaria a uma hidratação excessiva e possivelmente à morte.

As amizades formam-se com aqueles de quem gostamos, mas será que é assim com os morcegos?

Um novo estudo com morcegos vampiros sugere que as “amizades” dos morcegos vão além da mera conveniência. Muitos laços sociais construídos em cativeiro persistem quando os morcegos são libertados na natureza.

Como o seu nome sugere, os morcegos vampiros (Desmodus rotundus) só bebem o sangue de outros animais. E isso é difícil. Por isso os morcegos muitas vezes ficam sem refeição. Três noites seguidas sem uma refeição e os morcegos podem morrer.  Por isso são solidários: os que conseguiram alimentar-se partilham a refeição com quem não conseguiu. Trabalhos laboratoriais revelaram que morcegos que não estão relacionados uns com os outros podem formar laços cooperativos de longo prazo que se assemelham vagamente a amizades.

A natureza destas relações, no entanto, é um tema de debate. Será que os morcegos (ou outros animais) se relacionam com os indivíduos que preferem? Ou essas obrigações são transitórias?

Os cientistas criaram uma forma de distinguir estes dois extremos em morcegos vampiros. Se os laços sociais são como amizades, esses laços devem persistir em contextos radicalmente diferentes, cativeiro e selvagem. Mas se os morcegos formam laços estritamente por conveniência, então as amizades forjadas em cativeiro devem dissolver-se na natureza.

Os investigadores retiraram 23 morcegos vampiros de uma colónia de cerca de 200 numa árvore no oeste do Panamá e levaram-nos para um laboratório. Como aconteceria na natureza, apenas alguns morcegos eram alimentados com refeições de sangue. À medida que alguns morcegos alimentavam os seus amigos famintos, os investigadores testemunhavam a formação de laços sociais. Com o tempo, certos laços tornaram-se mais fortes, medidos pelo tempo gasto uns com os outros. Os morcegos que tinham laços fortes em cativeiro mantinham essa amizade em contexto selvagem, concluiu o estudo.

Assim, percebemos que os animais podem formar laços sociais duráveis. Mas esses laços podem ser quebrados quando as circunstâncias mudam, talvez não tão diferentes das relações humanas. É curioso.

Se é daquelas pessoas que têm medo de aranhas, não o podemos censurar. A aranha “personifica os terríveis mistérios da morte”.

Apesar da sua reputação como assassinas, as aranhas são muitas vezes mais amigáveis do que temíveis. É verdade que algumas espécies representam um perigo real para os seres humanos, (a viúva negra e o recluso marrom, por exemplo), mas a maioria apenas procura uma existência humilde.

As aranhas da casa comem pragas comuns, como moscas e mosquitos. Isto pode ajudar a conter doenças e também tornar uma casa mais agradável. Na natureza, ajudam a controlar as populações de insetos, assim como outras populações de aranhas. Além disso, são uma fonte de alimento essencial para predadores como pássaros, lagartos e pequenos mamíferos.

As aranhas têm muitas diferenças, do habitat ao tamanho até à refeição preferida, mas todas têm uma coisa em comum: só querem ter uma boa refeição e evitar ser esmagadas. Para atingir esse objetivo as aranhas tecem teias.

As aranhas são aracnídeos, uma classe de artrópodes. Outros artrópodes incluem lagostas, caranguejos, escorpiões e insetos.

Todas as aranhas têm oito patas, sem asas, duas secções do corpo e um exoesqueleto. Todas produzem seda, mas nem todas usem esta seda para gerar teias. Além disso, muitas produzem veneno que usam para matar ou subjugar as suas presas, ou para se defenderem de ameaças. Além do veneno, algumas aranhas têm estratégias de caça, como aprisionar presas em seda.

As teias de aranha são obras-primas arquitetónicas e geométricas. Para cumprir o seu propósito, devem ser flexíveis, resistentes e pegajosas.

Algumas aranhas do género Uloboridae formam versões mais triangulares da teia. Ao contrário de outras aranhas, os uloboridos não têm veneno. Em vez disso, limitam as suas presas usando seda, às vezes centenas de metros de seda ao mesmo tempo. Em seguida, a aranha cobre a presa com fluido digestivo. A aranha então come a presa, nunca mastigando a comida.

Aranhas do género Agelenidae constroem funis (dando a estas criaturas a alcunha de “tecelões de funil”). A maioria das aranhas desta família constrói uma teia horizontal que leva de volta a um funil ou buraco, no qual a aranha pode esconder-se e esperar pela presa. Muitas destas aranhas preferem esconder as suas teias sob rochas, troncos ou folhagem, embora algumas espécies na Austrália habitem em árvores.

Quando um inseto pousa na parte horizontal da teia, a aranha pode correr para fora do buraco e inspecionar a presa potencial. Se for presa, a aranha pode mordê-la, injetar o seu veneno de ação rápida, e depois arrastar o inseto subjugado de volta para o funil para uma refeição. O funil não só oferece segurança à aranha, como também impede outros insetos de perceberem que o perigo pode estar à espreita nas proximidades.

As aranhas da teia de folha, principalmente da família Linyphiidae, também tecem grandes teias horizontais. Esta pode ser mais plana ou mais rugosa. No entanto, estas teias não têm funis para as aranhas se retirarem. Em vez disso, estas pequenas aranhas esperam de cabeça para baixo, sob a teia, que as presas apareçam. Quando a presa é vista em cima da te ia, a aranha morde através da seda, agarra a presa, e puxa-a por baixo para uma refeição.

Muitas pessoas não conseguem passar sem o café. Mas nem por isso conseguem viver apenas do café! Não acham?

A cafeína faz-nos sentir mais alerta porque estruturalmente se assemelha a uma molécula chamada adenosina. Quanto mais tempo ficarmos acordados, mais adenosina se acumula nos nossos cérebros, ligando-nos aos recetores que induzem a sensação de sonolência. A adenosina refere ao cérebro que já trabalhou o suficiente e precisa de “desligar” por algum tempo. Com a cafeína os recetores são bloqueados e consequentemente não temos vontade de dormir.

Mas ainda há mais. A cafeína também aumenta a produção de adrenalina, o que estimula o cérebro e os músculos para a ação. Sentimos o efeito do café não só porque a cafeína bloqueia o sinal para dormir, mas também porque engana o corpo a pensar que está a ser atacado.

Tal como acontece com outras drogas, as pessoas podem criar tolerância à cafeína. As pessoas que não consomem a sua quantidade diária de cafeína podem sentir sintomas de abstinência como dor de cabeça, irritabilidade, ansiedade e, naturalmente, fadiga.

No máximo devemos beber 4 chávenas de café por dia. Mas há uma criatura na Terra que pode tolerar muito, muito mais cafeína. Na verdade, come bagas de café ao pequeno almoço. E ao almoço. E ao jantar. Surpreendentemente, a broca-do-café (Hypothenemus hampei) só come bagas de café!

A broca-do-café é um pequeno mas devastador escaravelho que destrói as culturas de café. Subsiste apenas de café, capaz de bater qualquer viciado em cafeína. Os cientistas descobriram recentemente como a praga das bagas de café tolera níveis tóxicos de cafeína. Possui um gene especial que pode desintoxicar a cafeína? Não. Tem recetores que não se ligam à cafeína? Não.

Evidentemente, a resposta não está no genoma ou no cérebro do escaravelho, mas no seu intestino. A bactéria P. fulva carrega um gene conhecido por degradar a cafeína e faz com que se torne resistente e tolerante à baga de café.

Quase toda a gente já deve ter reparado nas pequenas caixas de ferro fundido, pintadas de verde, que podemos encontrar na base da torre sineira de algumas igrejas da cidade. Na porta dessas caixas podemos observar uma lista com locais da cidade seguidos de um número. Se olharmos com atenção, podemos ainda ver um tubo que sai da parte superior da caixa em direção ao sino da torre.

Para que serviam essas misteriosas caixas?

Uma das caixas na fachada da Igreja da Oliveira

A resposta é fácil. Eram o antigo sistema de alarmes do Centro Histórico. Na prática, sempre que deflagrasse um incêndio e fosse necessário alertar a população, alguém abria a caixa utilizando uma chave própria para esse fim, tendo assim acesso a uma corda que permitiria fazer tocar o sino. O número de badaladas indicava o local da emergência e desta forma cada local teria o seu código numérico inscrito na porta da caixa. O sinal sonoro garantia que toda a população tivesse acesso a esta informação, o que permitia a união de esforços da comunidade para a resolução pronta do problema. Finalmente, quando já não existia perigo, era dado o sinal de paragem, que consistia em 3 badaladas, como se pode observar no final da lista. Apesar de este sistema de alarme ser agora obsoleto, ainda hoje podemos encontrar algumas destas caixas espalhadas pelas igrejas da cidade, por exemplo no Toural (na Igreja de S. Pedro), ou na Igreja da Oliveira. O mesmo sistema era utilizado noutras cidades e é possível encontrar caixas semelhantes no Porto, por exemplo.

Fontes:

https://www.minube.pt/sitio-preferido/sistema-de-alarmes-do-centro-historico-a367245

https://www.minube.pt/sitio-preferido/sistema-de-alarmes-do-centro-historico-a3672452

Quão bem conhecem os vossos vizinhos? Possivelmente pouco. Mas alguns seres vivos, incluindo plantas, conhecem bem os seus vizinhos. De acordo com as novas pesquisas, parece que o que uma planta “sente” também pode ser sentido pela sua planta vizinha. Não é notável?

As plantas, ao contrário dos humanos, não podem afastar-se de qualquer perigo iminente, seja um herbívoro, um micróbio causador de doenças, ou mesmo o frio e o calor. Então, como é que as plantas sobrevivem e como sabem quando estão em condições potencialmente fatais?

A resposta não é simples, pois a complexidade faz parte de qualquer vida. Em poucas palavras, uma planta comunica dentro de si ou com outro organismo através de sinais. Como uma comunicação entre telemóveis em que os sinais de rádio estão a ser transmitidos e recebidos. No caso das plantas (e outras formas de vida) estes sinais estão sob a forma de químicos que se movem dentro e entre células vegetais. Estas células podem detetar pistas do ambiente, incluindo micróbios, insetos, calor e frio, e converter estas pistas em sinais que se traduzem numa “linguagem” que prepara a planta para se proteger do perigo que enfrenta.

Um grupo de sinais chamados voláteis são químicos gasosos produzidos pelas plantas quando são atacados por herbívoros, insetos ou micróbios. Os cientistas sabem que os sinais voláteis produzidos por uma planta atacada podem ser detetados pela sua planta vizinha, para permitir que esta seja protegida de futuros ataques. Esta proteção ocorre através da ativação de mecanismos de defesa que impedem o agente patogénico de atacar a planta vizinha.

Estudos recentes demonstraram que quando uma planta é tocada produz uma mistura de sinais que permitem que uma planta vizinha, mesmo que não tenha sido tocada, detete e responda a estes sinais químicos.

Mas uma planta responde ao toque? A sensação de toque é percebida quando, por exemplo, um inseto caminha sobre ela, quando está vento, ou quando outra planta ou um animal toca nela. Embora a planta não saiba que o toque é uma ameaça, ela reage para estar preparada. Se não o fizer, pode custar a vida. Então, é melhor prevenir do que remediar!

Os cientistas notaram que quando os afídeos (piolhos-das-plantas) tentaram assentar em plantas que tinham sido tocadas ou expostas a sinais voláteis vizinhos, o número de afídeos era notoriamente menor do que nas plantas que não tinham sido tocadas. Esta experiência mostrou que os sinais induzidos pelo toque desencadearam respostas de defesa em plantas vizinhas, tornando-as resistentes a infestação de afídios. O que foi notável é que a planta tocada e a planta não tocada vizinha tiveram a mesma resposta aos afídeos. Este foi o primeiro estudo que mostra que a sensação de toque pode induzir a produção de sinais voláteis que agem como sinais de longa distância, desempenhando papéis importantes na comunicação entre os mesmos tipos de plantas.

Com todo o respeito pelo Homem-Aranha, mas há um limite: o tamanho de uma lagartixa.

Porque é que as lagartixas são os maiores animais capazes de escalar paredes verticais lisas? As lagartixas têm almofadas de pés altamente eficazes e complexas  que usam para escalar superfícies lisas e verticais. Os cientistas estimam que para escalar uma parede como o Homem-Aranha, um humano precisaria de almofadas adesivas cobrindo 40% da sua superfície corporal. E teria de calçado com um tamanho europeu 145 ou 114 dos EUA.

Em diferentes tamanhos de animais de escalada, desde pequenos ácaros e aranhas a rãs-árvores e lagartixas, a percentagem de superfície corporal coberta por rodapés adesivos cresce à medida que o tamanho do corpo aumenta. Esta relação crescente estabelece um limite para o tamanho do animal que pode escalar as paredes, porque animais maiores exigiriam pés exponencialmente grandes.

Há esperança para os aspirantes a alpinistas.

Os investigadores estão a estudar os pés de lagartixas, insetos e outros animais que escalam paredes na esperança de desenvolver adesivos sintéticos de maior escala. Por exemplo, se quiser subir uma parede lisa e não conseguir fazer com que as suas almofadas pegajosas sejam suficientemente grandes para segurar o peso corporal, há uma alternativa: tornar as almofadas muito mais pegajosas.

Então ainda pode haver esperança para o Homem-Aranha.

  • Este estudo sobre as almofadas de pé de lagartixa foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.

Sabia que… a estátua de D. Afonso Henriques é constituída por uma liga metálica?

O bronze é uma liga metálica homogénea composta pela mistura de cobre e estanho, podendo conter porções de outros elementos, com objetivos específicos para cada uso. Apresenta-se na forma de um metal quase dourado, maleável e dúctil. Quando exposto ao ar atmosférico por períodos prolongados, a sua superfície desenvolve uma camada castanha escura de óxidos dos metais envolvidos na sua composição. É uma das ligas metálicas mais antigas da humanidade, sendo que, segundo a história, a produção de bronze se iniciou há mais de 3000 anos, num período histórico que ficou conhecido como – Idade do Bronze.

A Idade do Bronze na Península Ibérica ficou assinalada por vasta atividade extrativa em minas de cobre. Nem na época romana foram trabalhadas tantas jazidas de cobre, daí resultando a utilização, na Península, de cobres arsenicais, ou bronzes primitivos, até à introdução do verdadeiro bronze com estanho. De notar, porém, que se sabe hoje haver também estanho em quantidades apreciáveis nalguns chapéus de ferro da Faixa Piritosa, o que terá facilitado, sem o saberem, a obtenção de bronzes impuros.

Algumas propriedades do bronze, como a sua flexibilidade tornaram esta liga metálica apetecível para diversos fins, de entre os quais podemos destacar a sua utilização em esculturas, armas, utensílios de cozinha, adornos e até joias.

A importância do bronze como recurso geológico fica bem patente na estátua de D. Afonso Henriques, um dos monumentos mais emblemáticos de Guimarães. Relativamente à sua história, em 1882 surge a ideia de erigir o monumento a D. Afonso Henriques, por parte de um grupo de patriotas residentes no Rio de Janeiro. Anos depois, em 1887, Soares dos Reis executa a estátua de bronze, concluindo os trabalhos de fundição no Porto. A inauguração da estátua; teve lugar em 20 setembro do mesmo ano, com a presença do rei D. Luís e restante família real, no Largo de São Francisco. Em 1911 o monumento é transferido para o Largo do Toural, sendo novamente mudado de local, para junto do Paço dos Duques em 1940.

Fontes:

cienciaviva.pt/img/upload/Delfim%20Revista%20Coloquio_Ciencias_FCGulbenkian_1994.pdf

https://www.infoescola.com/quimica/bronze/

http://www.monumentos.gov.pt/site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=29521

 

Sabia que… a ardósia é usada para o isolamento de edifícios?

Consegue identificar onde se encontra este exemplo, em Guimarães?

A ardósia é uma rocha metamórfica silico-argilosa formada pela transformação da argila sob pressão e temperatura, endurecida em lamelas finas. Com um baixo grau metamórfico, a ardósia é formada sob as mais baixas pressões e temperaturas de entre as rochas metamórficas. As ardósias utilizadas na construção podem provir do norte de Portugal, de Valongo e podem ser datadas da Era Paleozóica. A ardósia pode ser transformada em soletos (placas em forma de escama) porque possui uma clara foliação. Isso torna possível dividir em folhas finas. A ardósia pode ter diversas aplicações (pavimentos, fachadas, decoração de interiores e exteriores) devido às suas propriedades físicas únicas, como a sua resistência à flexão (essencial quando não está totalmente apoiada) e resistência a ácidos, proporcionando estabilidade e durabilidade excecionais.

Sabia que… um organismo pode ser composto por uma única célula?

Os organismos, vivos e mortos, são constituídos por células. As células são feitas de moléculas organizadas em membranas e outras estruturas. A maioria das células são muito pequenas para serem vistas a olho nu, mas podem ser vistas usando um microscópio de luz. Existem muitos tipos de células com diferentes formas e tamanhos, mas todas as células são compostas por partes comuns: todas as células têm um genoma e citoplasma contidos por uma membrana celular; todas as células animais e vegetais armazenam o seu genoma dentro de um núcleo, e também têm mitocôndrias; as células vegetais também têm uma parede celular e podem ter cloroplastos e um vacúolo. Estas partes têm funções comuns em todas as células.

Um organismo pode ser composto por uma única célula ou muitas células que trabalham em conjunto. É por isso que os cientistas pensam nas células como as unidades básicas da vida.

Num organismo multicelular, as células são organizadas em tecidos, órgãos e sistemas de órgãos que trabalham em conjunto para apoiar os processos de vida.

Em humanos, o sistema circulatório transporta moléculas úteis e resíduos ao redor do corpo. O sangue transporta moléculas úteis para as células a partir de alimentos que foram desfeitos pelo sistema digestivo. O sangue também transporta oxigénio para as células do sistema de troca de gás, e transporta o dióxido de carbono para longe das células de volta para o sistema de troca de gás para ser removido do corpo. Os seres humanos têm um esqueleto e músculos, que são tipos de tecido constituídos de células. Trabalham em conjunto para fornecer apoio estrutural e para permitir que os humanos se movam.

Sabia que… há mais bactérias a viver nos intestinos do que células em todo o nosso corpo?

Pode ser uma ideia perturbadora, mas sem micróbios intestinais teríamos dificuldade em digerir muitos grãos, frutas e vegetais; e isso levaria a mais alergias e a um sistema imunitário mais fraco. Já para não falar das infeções que podíamos ter se nos intestinos não houvesse bactérias amigáveis.

Os biólogos pensam que temos uma relação ainda mais próxima (e mais antiga) com as bactérias do que se possa imaginar. Nós não só alojamos as bactérias, como também carregamos os descendentes de bactérias antigas dentro de todas as células do nosso corpo. Este não é apenas uma casa para bactérias. Num sentido muito real, “nós somos bactéria”.

Como é que os cientistas aceitaram este facto surpreendente? Na década de 1960, uma jovem microbióloga chamada Lynn Margulis reavivou uma velha hipótese. Com base num novo olhar sobre as evidências dos campos da biologia celular, bioquímica e paleontologia, propôs que várias transições fundamentais na evolução ocorressem, não através da competição e da especiação, mas através da cooperação, quando linhagens celulares distintas se uniram para se tornarem um único organismo. Para os seus colegas, a ideia parecia louca (como sugerir que os extraterrestres construíram as pirâmides) mas Margulis defendeu o seu trabalho apesar desta resistência inicial. Inspirou cientistas para testar a sua hipótese no laboratório. À medida que as provas se acumulavam nas décadas que se seguiram ao seu primeiro trabalho, até alguns dos seus críticos mais fortes tiveram de admitir que tinha razão.

Sabia que… o suor não tem cheiro?

O corpo humano é composto por diversos conjuntos de sistemas de órgãos. É o seu correto funcionamento que nos permite ter um organismo saudável. O sistema excretor tem um papel muito importante no equilíbrio do nosso organismo – é através dos órgãos deste sistema que se eliminam algumas substâncias tóxicas para o ser humano.

A pele, um dos órgãos do sistema excretor, é composta por duas camadas: a epiderme (camada mais superficial) e a derme (camada mais interna). Nesta última podem ser encontradas as glândulas responsáveis pela produção do suor, produto excretado através da pele.

O suor é um líquido transparente e inodoro produzido pelas glândulas sudoríparas presentes na derme. É maioritariamente composto por água, podendo conter em menores quantidades ureia, cloreto de sódio e proteínas. O suor é excretado através da pele, e ajuda-nos a eliminar toxinas e a manter a temperatura corporal.

  • Sendo o suor inodoro, porque ficamos com mau odor quando transpiramos? Na nossa pele habitam bactérias e até fungos que se alimentam das secreções que eliminamos através do suor. Como são seres vivos, ao processarem os alimentos, estes microrganismos vão produzir as suas próprias excreções, sendo estas as responsáveis pelo mau cheiro associado ao suor.

Referências (consulta a 29 de abril)

Sabia que… o planeta Terra já teve apenas um continente?

O planeta Terra é único no Sistema Solar: é apenas neste planeta que estão reunidas todas as condições para a existência de vida tal e qual como a conhecemos. Desde a sua formação, há cerca de 4,5 mil milhões de anos, o planeta Terra passou por várias etapas de desenvolvimento. Não foi sempre como o conhecemos hoje; no início passou por um processo gradual de arrefecimento e tinha uma intensa atividade vulcânica. Esta atividade foi fulcral para o planeta tal como o conhecemos, pois permitiu a formação dos oceanos, através da condensação do vapor de água libertado pelos vulcões, que deu origem às nuvens. Bem como a formação dos continentes através da deposição das sucessivas camadas de lava.

A atual divisão dos continentes não existia na Terra primitiva. Os continentes estavam agrupados e formavam apenas um “super” continente: a Pangea (do grego “todas as terras”) existiu há cerca de 225 milhões de anos, e era um enorme bloco de massa terrestre. Há aproximadamente 200 milhões de anos, a Pangea fragmentou-se em dois grandes continentes: Laurásia (continentes do hemisfério Norte) e Gondwana (continentes do hemisfério Sul). Com o tempo foram-se separando e originaram os continentes que conhecemos hoje. Esta evolução da organização da crosta terrestre do nosso planeta é apoiada por duas teorias científicas, a Teoria da Deriva Continental e a Teoria da Tectónica de Placas.

  • Assim, a disposição geográfica dos continentes que hoje conhecemos deve-se ao movimento das placas tectónicas, que provocou a separação dos continentes e originou a crusta oceânica.

Referências (consulta a 28 de abril)

Sabia que… consumimos como gigantes?

Quando tomamos banho ou lavamos a roupa é evidente que usamos água, mas, sabiam que quando comemos um bife estamos a consumir milhares de litros de água? Neste caso contabiliza-se a água para fazer crescer a erva que comeu a vaca, a água que bebeu e a que se gastou nos processos industriais e de comercialização.

A pegada hídrica mede o consumo de água direto e efetivo, assim como a sua contaminação potencial ao longo de todo o processo, até chegar a um produto final. Divide-se em três componentes:

1- Água de chuva consumida (por exemplo, para crescer a erva ou dar de beber).

2- Água de reservas naturais ou artificiais consumida na rega, refrigeração, etc., e que não é devolvida a essas reservas.

3- Volume de água necessária para diluir um contaminante até que não tenha efeito no meio ambiente.

A nossa pegada hídrica é própria de gigantes. Ora reparem:

– São consumidos 3854 litros de água por cada bife de vaca (250g);

– São consumidos 196 litros de água por cada ovo de galinha;

– São consumidos 4299 litros de água por cada tablete de chocolate (250g).

Imaginavam que a pegada hídrica poderia ser tão grande? Pensem que essa pegada deve ser multiplicada pelo número de bifes, ovos e tabletes de chocolate que se consomem em todo o mundo.

Um consumo gigantesco para o Planeta!

 

Sabia que… as formigas têm 2 estômagos?

As formigas existem há mais de 100 milhões de anos! Terão evoluído a partir de vespas antigas. Existem pelo menos 12.000 espécies de formigas identificadas no mundo. Os cientistas acreditam que há muito mais. São uma espécie incrivelmente bem-sucedida, provavelmente, devido à sua organização social complexa.

Como todos os insetos, o corpo de uma formiga é dividido em três partes principais: a cabeça, o tórax e o abdómen. É um exoesqueleto duro e impermeável, feito de um material chamado quitina.

São excecionalmente fortes para o seu tamanho – podem levantar 10 vezes o seu próprio peso! Conseguem levantar 600kg? É incrível!

A maioria das formigas têm dois grandes olhos que detetam luz e sombras para ajudar na sua orientação. As suas duas antenas são usadas para reconhecer os seus companheiros e detetar inimigos. Quando encontram comida emitem feromonas que espalham perfume para que os seus companheiros de ninho as possam encontrar.

Para transportar a comida, usam mandíbulas poderosas que servem também para cortar e morder.

As seis pernas estão ligadas ao tórax. O abdómen contém os órgãos vitais e as partes reprodutivas. Curiosamente, têm dois estômagos. Não comem muito, mas são necessários para se alimentarem e partilhar com o seu grupo. São muito solidárias!

As formigas não respiram como nós. Absorvem oxigénio e emitem dióxido de carbono através de minúsculos orifícios em todo o corpo. O coração é um tubo longo que bombeia sangue incolor e o sistema nervoso consiste num longo cordão nervoso tal como a espinal medula humana. 

Na verdade, desde pequenos, alimentámos alguma simpatia pelas formigas. Trabalhadoras, resistentes, solidárias e cumprem um importante papel no planeta.

Sabia que… a calçada do Largo do Toural é composta, na maioria, por quartzo?

A seguir ao feldspato, o quartzo é o mineral mais abundante na crosta terrestre e a sua composição química é expressa por SiO2.

Em Portugal este mineral pode ter origem em filões hidrotermais. Normalmente ocorrem dentro de maciços de granito, estendendo-se por vários quilómetros e exibindo espessuras da ordem de dezenas de metros. A maior ocorrência dos filões quartzosos hidrotermais ocorre no interior dos maciços graníticos do norte de Portugal e das Beiras.

Por ser um mineral formado sob condições de pressão e temperatura semelhantes às verificadas na superfície terrestre, possui alta durabilidade e resistência à meteorização e erosão. Estes minerais são geralmente transparentes ou hialinos, brancos ou branco leitoso. Podem ainda, devido a impurezas como o ferro, o manganês e titânio, apresentar cor amarela, rosa violácea, cinzenta ou preta (mineral alocromático).

O quartzo tem sido utilizado em pequena escala como um substituto do calcário (rocha sedimentar comum do centro de Portugal), que é uma rocha constituída por carbonato de cálcio e altamente suscetível à meteorização química causada pela ação dos ácidos.

Sabia que… os morcegos são importantes para o ser humano?

O tipo de dieta alimentar confere aos quirópteros um papel indispensável no funcionamento dos ecossistemas. As espécies insectívoras podem chegar a consumir cerca de metade do seu peso corporal em insetos durante uma noite de caça, o que representa um consumo de dezenas de toneladas de insetos por noite, tornando-os controladores das populações de insetos, incluindo espécies potencialmente prejudiciais para o ser humano, como é o caso das pragas agrícolas e vetores de doenças. É ainda assinalável a importância que algumas espécies possuem como dispersores de sementes ou como polinizadores, com um papel preponderante em processos de recuperação e dinâmica de ecossistemas, ainda que estas espécies não ocorram em Portugal.

A importância ecológica dos morcegos não se resume aos seus hábitos alimentares, sendo que as espécies cavernícolas, dependentes de abrigos subterrâneos em pelo menos uma das fases do seu ciclo de vida, representam uma via de introdução de matéria orgânica em ecossistemas subterrâneos, através do guano (fezes de morcego). Desta forma é garantido o suporte de comunidades de invertebrados que existem exclusivamente nestes meios. Existe ainda, em alguns países, a vertente económica ligada à exploração das elevadas quantidades de guano acumuladas sob as colónias de morcegos, como forma de fertilizante agrícola.

Algumas características biológicas únicas apresentadas pelos morcegos têm vindo a ser estudadas no campo da investigação médica, nomeadamente o seu mecanismo de termorregulação, bem como as propriedades anticoagulantes da saliva de alguns morcegos hematófagos, com potencialidades ao nível das doenças coronárias.

Fonte: Ferreira, D., 2012. Modelação baseada em agentes para a simulação do uso do espaço e efeitos causados pela instalação de um parque eólico sobre Nyctalus leisleri. Tese de Mestrado, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

Sabia que… o pH do solo influencia o desenvolvimento das plantas?

O solo é um dos quatro elementos do nosso planeta. Pode ser definido como a camada mais externa que reveste toda a superfície da crosta terrestre – uma espécie de “pele” do nosso planeta. É formado por material não consolidado composto por matéria orgânica, matéria mineral, água, ar e alguns seres vivos. Tem um papel crucial em todos os ecossistemas. Funciona como suporte à vida, uma vez que permite a filtragem da água e seu armazenamento, renovação de matéria orgânica (através de seres vivos decompositores) e desenvolvimento vegetal.

A origem do solo provem da combinação de alguns elementos, entre eles estão a rocha “mãe”, o clima, o relevo, o tempo de formação e a presença de seres vivos. Todos estes fatores determinam as propriedades do solo, e definem o seu pH. O pH é uma medida que nos permite estudar a acidez e basicidade das soluções tendo por base a concentração dos iões H+ e OH. A 25˚C, a escala de pH vai de 0 a 14, sendo que para pH<7 considera-se a solução ácida, para pH= 7 a solução é neutra e para pH>7 temos uma solução básica.

Mas, afinal, como é que o pH do solo pode influenciar o desenvolvimento das plantas?

As plantas para se desenvolverem precisam de retirar do solo sais minerais, água, nutrientes, etc., sendo a maioria destes elementos capturados através do solo. Contudo, dependendo da sua composição, o solo pode ter um pH mais ácido ou mais básico, o que influencia as transformações químicas, a solubilidades dos nutrientes e a ação de alguns micro-organismos, e por consequência o desenvolvimento das plantas.

A maioria dos nutrientes dissolve-se melhor em solos com pH próximo à neutralidade, com valores entre o 6 e o 6,8. Contudo, em Portugal 80% do solo é ácido, assim ao longo dos anos foi necessário criar estratégias que nos permitissem ajustar o pH do solo, e assim facilitar o cultivo do mesmo. Estas estratégias de manipulação do solo podem passar pela adição de corretivos de acidez, estes produtos são muitos vezes ricos em cálcio ou magnésio, nutrientes importantes para as plantas que ainda ajudam a repor a basicidade do solo, ou então pela realização de queimadas.

Assim, para obtermos plantas saudáveis não basta semear com “carinho”, é importante conhecermos a composição química e biológica do solo que estamos a usar, para assim conseguirmos dar as melhores condições à nossa planta.

Sabia que… nem todos os metais são sólidos?

Os metais são um conjunto de elementos químicos largamente representados na tabela periódica, que apresentam como característica visual notória o brilho metálico. Usados desde a antiguidade, estes elementos são de grande importância no nosso quotidiano, podendo estar presentes em vários elementos das nossas casas, bem como ser usados em várias indústrias.

Por definição, os metais são compostos prateados que à temperatura ambiente estão no estado sólido. Isto deve-se ao facto de, na sua maioria, apresentarem elevadas temperaturas de fusão e de ebulição. Contudo, também nos metais a regra tem exceções. Como sabemos existem dois metais que na natureza apresentam uma cor diferente do prateado, o cobre que apresenta uma tonalidade avermelhada e o ouro que apresenta a cor dourada. Também no estado físico existe uma exceção, o mercúrio, este metal apresenta uma temperatura de fusão de -38,8˚C e de ebulição de 356,7˚C. Assim, considerando que a temperatura ambiente ronda os 18˚C, este metal encontra-se no estado líquido à temperatura ambiente, sendo o único metal a apresentar esta característica.

O mercúrio é o elemento químico representado pelo símbolo Hg, esta abreviatura provem de Hydragyrum, nome em latim que significa “prata líquida”. Este metal tem uma tonalidade prateada, é inodoro e possui alta densidade. O mercúrio não é um metal muito reativo, mas tal como a maioria dos metais é um bom condutor da corrente elétrica. Este metal já foi largamente usado, contudo devido à sua toxicidade para o ser humano e para o ambiente, tem-se tentado reduzir a sua utilização. Hoje em dia é usado essencialmente em laboratório e na produção de termómetros e espelhos.

  • Assim, apesar de existirem outros metais como o frâncio (27˚C), o césio (28,4˚C) e o gálio (29,8˚C) com pontos de fusão baixos e próximos à temperatura ambiente, o mercúrio é o único que é líquido à temperatura ambiente.

Sabia que… na Praça do Toural existem rochas repletas de fósseis?

Lioz: presente no Largo do Toural

O lioz é um tipo de calcário que ocorre em Portugal, na região de Lisboa e arredores (norte e noroeste). Os seus depósitos foram formados no período Cretáceo (Era Mesozoica) num ambiente marítimo pouco profundo, com águas mornas e límpidas, propício à proliferação de organismos carbonatados, nomeadamente bivalves rudistas (formando os fósseis que podemos observar). A rocha é caracterizada por ser um calcário bioclástico e calciclástico compacto, rico em biosparite, geralmente de cor bege, embora existam variedades com coloração variando de cinza claro a tom rosado. Foi amplamente utilizado em Portugal como rocha ornamental, nomeadamente no Palácio Nacional de Mafra, Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e ainda no Pavilhão do Conhecimento. Elementos arquitetónicos construídos sobre esta rocha, nomeadamente lintéis, arcos e pelourinhos ornamentais, foram transportados para diferentes regiões do Império Português. A inclusão dessa rocha na Praça Toural é bastante recente e a presença de fósseis é o pretexto perfeito para valorizar a importância da rocha sedimentar como registo da história da vida na Terra.

Sabia que… nunca dormimos sozinhos?

Não queremos que percam o sono, mas na realidade, não há monstros debaixo da cama; eles estão dentro dela! Reparem com quem dormem todos os dias e com quem o fazem apenas em algumas, e incómodas, ocasiões.

  • ÁCAROS DO PÓ | Parentes das aranhas, são muito pequenos (apenas 0,25 mm) e alimentam-se de pequenas partículas orgânicas, como células de pele morta. Provocam diferentes tipos de alergia e estão em toda a casa. Num grama de pó podem estar até 500 ácaros!
  • PULGAS | Pequenos insetos (1,5 a 3 mm) que podem dar saltos de até 30 cm! Alimentam-se do sangue de mamíferos. A espécie especializada em seres humanos é a Pulex irritans. As suas picadas provocam irritação e, por vezes, alergias e transmitem doenças.
  • PERCEVEJOS | Insetos (4-5 mm) que se alimentam do nosso sangue. Durante o dia escondem-se em fissuras e durante a noite dirigem-se para a cama para se alimentarem da sua vítima. As suas picadas é muito incómoda e pode provocar alergias, que são, hoje em dia sejam, felizmente, casos raros.

Sabia que… o “Lobo Mau” não é mau?

O lobo mau é uma personagem de muitas histórias infantis com origem europeia. Ainda hoje há zonas, como o Gerês, onde os agricultores diabolizam este animal em virtude dos ataques a rebanhos. Em tempos recuados, o lobo era temido e incompreendido. E perseguido. Mas por muito maus que os lobos dos contos pareçam, a ciência conta uma história muito diferente.

Na realidade, o lobo é um animal selvagem com uma função ecológica importante: é um grande predador que controla as populações de animais herbívoros. As suas principais características físicas mostram-nos que está perfeitamente adaptado à caça de animais de grande tamanho, como veados e javalis, evitando que as suas populações cresçam em excesso e eliminando, sobretudo, os exemplares doentes.

Infelizmente, o lobo foi desaparecendo no decurso dos anos devido à perseguição humana e à destruição dos seus habitats. Atualmente é uma espécie ameaçada cuja sobrevivência é garantida apenas por diferentes programas de conservação.

Tem os sentidos muito apurados. A visão está adaptada para ser melhor à noite. O seu maior período de atividade é crepuscular e noturno. A audição é, provavelmente, o seu sentido mais apurado. Consegue ouvir acima dos 80kHz (humanos: até 20 kHz) e até cerca de 10km de distância numa floresta e 16km em espaço aberto. Mesmo quando dorme, as orelhas do lobo mantêm-se levantadas para detetar sons produzidos por outros animais. O olfato é 100 vezes melhor que o dos humanos: consegue cheirar uma presa ainda antes de a ver, a cerca de 1,5km e é ainda capaz de sentir o cheiro de um animal três dias depois de ter partido de determinado local.

  • O lobo é um predador de topo. Tem um importante papel no restauro de ecossistemas. Por isso, o controlo natural do lobo sobre as populações-presa, permite que certas espécies de plantas voltem a proliferar, atraindo polinizadores e reestabelecendo-se um equilíbrio do habitat.

Sabia que… os adolescentes que vivem em regiões rurais têm menos alergias?

Há investigadores que sustentam que há cada vez mais evidências para apoiar esta afirmação, ou seja, que há uma contribuição direta do sítio onde vivemos para a saúde humana. Mais biodiversidade corresponde a mais resiliência e resistência a agentes patogénicos.

Num estudo recente sobre a matéria, os cientistas argumentam que o contato com áreas verdes e normalmente menos edificadas é benéfica para a saúde humana. Quanto menor é o contacto com a natureza mais desregulado fica o sistema imunitário humano. Logo, há mais potencialidades para o aumento de doenças alérgicas e inflamatórias observadas nos países desenvolvidos em todo o mundo.

Esta teoria é uma extensão das conclusões de um outro estudo aceite no final dos anos 90, quando os cientistas descobriram que viver num mundo modernizado, onde a exposição bacteriana é limitada, estava associado à febre do fenos e a outros distúrbios caracterizados pela disfunção imunitária. Mais tarde, Graham Book, microbiologista e imunologista da University College London, defendeu que os seres humanos se tornaram dependentes dos micróbios com os quais co-evoluíram ao longo de dezenas de milhares de anos.

Um estudo efetuado na Finlândia concluiu com base em amostras de esfregaços de pele, que as crianças de zonas rurais/verdes eram muito menos alérgicas do que crianças de meios urbanos.

  • Assim se demonstra, cientificamente, que o contacto com a natureza reforça o sistema imunitário do corpo humano e, por isso, ganhamos mais resistência às alergias a que estamos sujeitos.

Sabia que… o granito usado na construção do castelo de Guimarães esconde uma história mais antiga?

A montanha da Penha é de natureza granítica, sendo este elemento geológico bastante abundante na região de Guimarães. Os granitos são rochas ígneas intrusivas, ou seja, têm origem em magmas que consolidam em profundidade. Este granito, com uma idade geológica de cerca de 310 milhões de anos (Era Paleozoica), tem sido explorado ao longo do tempo para múltiplas finalidades (ainda existem pedreiras em funcionamento). Trata-se de um granito biotítico porfiroide, que exibe enclaves microgranulares máficos, bem como enclaves félsicos e metassedimentares. A resistência e durabilidade do granito, bem como a sua disponibilidade abundante tornaram-no perfeito para a construção de estruturas de defesa nos tempos medievais. Neste sentido, apesar de esta rocha estar profundamente ligada à história da cidade, sabemos que a sua história geológica é muito mais antiga.

Fonte:

Pinto, A. 2011. Caracterização e valorização do Património Geológico da Penha (Guimarães, Norte de Portugal). Dissertação de Mestrado. Universidade do Minho –http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/13709

Sabiam que… no iogurte há proliferação de milhões de bactérias?

As bactérias são seres vivos unicelulares (compostos apenas por uma célula), com dimensões entre os 0,5 µm e os 3 µm, Devido ao seu tamanho são apenas perceptíveis ao microscópio. Têm uma organização celular simples, onde o material genético está solto no citoplasma, são seres vivos procariontes.

Na sua maioria podemos encontrar bactérias sob três formas estruturais, cocos (forma esférica), bacilos (forma de bastão) e em espiral. A forma da bactéria é mantida, na maioria dos casos, devido à presença de uma parede celular, que também tem um papel ativo na defesa deste microrganismo.

Apesar de impercetíveis, estão em todos os lugares. E se existem milhares de bactérias que nos podem trazer graves problemas de saúde, e até levar à morte, também há outras que são indispensáveis para o correto funcionamento do nosso organismo.

O iogurte é produzido através da fermentação láctica do leite. Neste processo a Streptococcus thermophilius e a Lactobacillius bulgaricus, transformam o açúcar presente no leite (lactose) em ácido láctico. Estas bactérias são responsáveis pela solidificação do leite (Streptococcus thermophilius), bem como pelo cheiro e cremosidade característicos do iogurte (Lactobacillius bulgaricus). Por serem adicionadas ao fabrico do iogurte após a pasteurização do leite, estas bactérias continuam vivas no iogurte.

Assim, ao ingerirmos iogurtes estamos a ingerir bactérias, só que neste caso, bactérias benéficas para a nossa saúde. Pois a Streptococcus thermophilius e a Lactobacillius bulgaricus ajudam-nos a combater a proliferação de bactérias nocivas no nosso organismo, e a reforçar a nossa flora intestinal.

Sabiam que… os antibióticos não atuam em vírus?

O termo vírus provem do latim virus, que significa “veneno” ou “toxina”. O genoma destes pequenos seres, com diâmetro entre os 20-400 ηm, pode ser constituído por uma ou várias moléculas de DNA ou RNA, que se encontram protegidas por um involucro proteico, a cápside. Para além da cápside, alguns vírus têm ainda uma bicamada fosfolipídica, que lhes confere uma maior proteção e ajuda à entrada nas células do hospedeiro.

Os vírus não têm uma estrutura celular organizada, por isso não conseguem crescer nem reproduzir-se de forma independente. Assim, precisam de invadir as células dos hospedeiros para terem acesso à “maquinaria” celular e se poderem desenvolver/reproduzir, levando por vezes ao aparecimento de infeções, sendo que algumas delas podem levar à morte do hospedeiro.

Os vírus são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, podendo levar por isso a infeções virais. Assim para combate-las, ao longo da história, particularmente desde a década de 50 do século passado, vários antivirais foram desenvolvidos. Estas drogas atuam, por norma, nas enzimas responsáveis pelas etapas de replicação do vírus, inibindo a replicação viral.

Por seu lado, os antibióticos são drogas usadas no tratamento de infeções provocadas por bactérias, não atuando em infeções virais como, por exemplo, a gripe. Os antibióticos podem ter uma ação bacteriostática (inibindo a multiplicação da bactéria no organismo) ou bactericida (causando a morte da bactéria).

Assim, ambos os químicos, antivirais e antibióticos, têm poder de ação terapêutica relevante, contudo em agentes patogénicos diferentes.

Sabia que… quando nascemos temos mais ossos que na idade adulta?

O esqueleto humano é uma parte do nosso corpo extremamente importante, formado essencialmente por ossos e cartilagens. Entre outras funções, é graças ao esqueleto que o nosso corpo tem um suporte, na realidade sem esqueleto seriamos uma pequena bola de músculos e carne. O esqueleto também nos confere movimento (em ação conjunta com os músculos), armazena sais minerais e protege alguns dos nossos órgãos vitais (cérebro, pulmões e coração).

Quando nascemos, o nosso esqueleto é composto por cerca de 300 ossos, tendo estes uma grande percentagem de cartilagem na sua composição. A cartilagem é um material mais mole e flexível, o que facilita a saída do bebé no parto, bem como o desenvolvimento do cérebro nos dois primeiros anos de vida. As alterações no nosso esqueleto ocorrem maioritariamente até à adolescência. É durante estes anos que ocorre a fusão de vários ossos, formando ossos maiores, bem como a ossificação dos mesmos (processo natural onde a cartilagem é substituída por tecido ósseo).

  • Assim, ao atingir a idade adulta, fruto das fusões (uniões) que existiram entre os nossos ossos, o nosso esqueleto tem apenas 206 ossos.

Sabia que os dedos enrugados pelo contacto da água são uma vantagem evolutiva?

Os antepassados do Homem utilizavam os membros para a realização de diversas funções e alimentavam-se de frutos das árvores, de alimentos disponíveis em lagos e rios. Ter dedos enrugados nestas situações seria uma mais-valia para os humanos. Existe ainda uma teoria que defende que os ancestrais do ser humano já viveram numa fase semiaquática onde poderia prevalecer essa característica.

O facto de os dedos ficarem enrugados em contacto com a água deve-se ao processo de contração dos vasos sanguíneos em consequência da compressão do músculo liso presente na parede dos vasos, reacção controlada pelo sistema nervoso central, e que esse fenómeno pode ser uma vantagem adquirida pelo ser humano durante a sua evolução ao longo de milhares de anos: é mais fácil segurar um objecto molhado com a superfície da pele rugosa do que com a superfície da pele lisa. As rugas têm por isso a função específica de tornar mais simples o manuseio de objectos debaixo de água ou em superfícies molhadas. Este mecanismo permite ao ser humano o equilíbrio em pisos molhados e por isso é que as rugas aparecem somente nos dedos das mãos e pés e não no resto do corpo.

Sabia que abril molhado, ano abastado?

Abril é um mês famoso pelos seus provérbios e a sabedoria popular não deve ser menosprezada. Os nossos avós diziam provérbios e não sabíamos bem como era possível seguirem os ensinamentos do almanaque português. A verdade é que faziam algum sentido. Todos eles nos remetem para um mês frio e molhado: “Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado.”; “Abril frio: pão e vinho”. Pode acontecer, no entanto, que o clima nos pregue algumas partidas (nem sempre, é certo).

Uma Primavera muito quente, com temperaturas pouco amenas que mais parecem de Verão, é propícia ao aparecimento de pragas e doenças da horta. Abril é importante porque, tradicionalmente, há mais água no solo, de acordo com o IPMA. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera considera a variação dos valores de percentagem de água no solo (média 0-100 cm profundidade), em relação à capacidade de água utilizável pelas plantas, entre o ponto de emurchecimento permanente e a capacidade de campo e a eficiência de evaporação a aumentar linearmente entre 0% e 100%. Este mês, em Guimarães, a percentagem é de >99%.  

Em abril devemos plantar espargos e morangueiros na horta; no pomar, devemos plantar fruteiras de espinho (laranjeiras) e terminar a poda dos citrinos; no jardim, devemos semear estrelas-do-egipto, girassóis, malmequeres e plantar begónias, dálias e gladíolos.

Afinal o almanaque e os provérbios populares fazem sentido. Sabes algum provérbio popular sobre o mês de Abril? Publica no nosso Facebook.

Sabia que a camada de ozono protege os sistemas biológicos da terra ?

Será que o confinamento obrigatório, a redução drástica da produção industrial, o reduzido tráfego aéreo e rodoviário reduzem significativamente a emissão de gases nocivos para a atmosfera?

Os cientistas notam efetivamente uma redução surpreendente nas emissões de gases para a atmosfera. Mas ainda é cedo para aferir das reais consequências.

A maioria da atmosfera da Terra é composta por uma mistura de alguns gases – nitrogénio, oxigénio e argónio; estes três gases compreendem mais de 99,5% de todas as moléculas de gás na atmosfera. Existem gases menores que compreendem apenas uma pequena percentagem da atmosfera (cerca de 0,43% de todas as moléculas de ar, a maioria das quais são vapor de água a 0,39%) que absorvem a radiação infravermelha. Esses gases contribuem substancialmente para o aquecimento da superfície e da atmosfera da Terra. Como esses gases influenciam a Terra como uma estufa, são frequentemente designados gases de efeito de estufa. Falamos do Dióxido de carbono (CO 2), do Metano (CH 4) e do Óxido nitroso (N 2 O)

Fontes:

Sabia que o nome CURTIR CIÊNCIA está relacionado com uma atividade centenária em Guimarães?

A palavra “curtir” tem um duplo significado: é uma clara apologia da brincadeira e da aprendizagem; mas é também uma referência à atividade dos curtumes, que teve originou o aparecimento, junto ao rio de Couros, em Guimarães, de dezenas de unidades fabris.

A Antiga Fábrica de Curtumes Âncora alberga o Centro Ciência Viva de Guimarães, projeto que envolve o Município, a UMinho e a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.

O uso das peles pelo Homem é milenar. O Homem rapidamente se apercebeu que a pele de animais era um material com inúmeras aplicações possíveis. A conservação e transformação da pele é por isso, provavelmente, a mais antiga prática de aproveitamento e valorização de um resíduo.

O principal objetivo da curtimenta não é mais do que conservar a pele, tornando-a imputrescível. O resultado é um material nobre, de elevado valor económico e com inúmeras aplicações possíveis. Com a curtimenta as peles são transformadas em couro.

  • Como se vê, o vocábulo CURTIR assume mais significados do que mero entretenimento; ele também está ligado a uma atividade que conheceu, em Guimarães, uma forte presença ao longo dos séculos XIX e XX.

Sabia que nem todas as aves são pássaros?

Os conceitos ave e pássaro são usados com regularidade como sinónimos. Segundo a ornitologia, ramo da ciência que estuda as aves, estes dois conceitos não são a mesma coisa. As aves são uma classe de seres vivos onde existem entre 25 e 30 ordens, uma delas a dos passeriformes, vulgarmente chamados de pássaros ou passarinhos.

As aves são o conjunto de animais que apresentam algumas características particulares. A mais percetível é terem o seu corpo coberto de penas. Isso ajuda-as a manter a temperatura corporal (animais endotérmicos) e a esconderem-se de predadores (camuflagem). As penas podem ainda ser usadas como “arma” de sedução no ritual de acasalamento e são importantes no voo. Mas, apesar de todas as aves possuírem asas, nem todas conseguem voar.

Na ordem dos passeriformes as aves têm capacidade de canto, devido à presença do órgão siringe. Esta característica melodiosa para os nossos ouvidos é usada pelos pássaros para marcar território e atrair fêmeas. Os dedos destas aves estão todos nivelados, três deles estão virados para a frente e um para trás.

  • Assim, se é verdade que todos os pássaros são aves, o contrário já não se verifica, uma vez que nem todas as aves são pássaros.

Sabia que o diamante e a grafite são feitos do mesmo elemento?

O diamante é o mineral mais duro da escala de Mohs. Trata-se de um recurso geológico de elevado valor monetário usado, maioritariamente, na joalharia. A grafite é um mineral cinzento metálico, que é usado nos lápis. Mas o que terão estes recursos geológicos em comum? Ambos provêm do mesmo elemento: o carbono.

O carbono é um elemento químico muito importante, presente em várias reações vitais à vida. Sob a forma de CO2 participa na fotossíntese e respiração celular. Podemos ainda encontrá-lo em biomoléculas como o DNA, RNA e proteínas. Este elemento tão importante para nós tem uma particularidade: apresenta alotropia. Esta característica do carbono faz com que estruturalmente ele possa adotar formas diferentes dando origem a alótropos diferentes. Na natureza conseguimos encontrar dois alótropos do carbono: a grafite e o diamante.

Então qual é a diferença entre a grafite e o diamante? Estes dois minerais são feitos de carbono, contudo a alotropia presente em cada um é diferente. Este facto faz com que apresentem estruturas cristalinas diferentes, o que vai interferir com as propriedades químicas e físicas de cada um.

Na grafite cada átomo de carbono estabelece três ligações com outros átomos de carbono, dando origem a estruturas hexagonais ligadas entre si no mesmo plano. As ligações entre os carbonos do mesmo plano são fortes, contudo, entre dois planos estas ligações são fracas (ligações Van der Walls), podendo ser facilmente quebradas.

O diamante é composto, estruturalmente, por uma rede tridimensional onde os átomos de carbono estabelecem 4 ligações formando tetraedros. Esta estrutura cristalina é muito mais resistente que a da grafite.

  • Assim, é devido à alotropia do carbono e às diferentes condições de formação que apesar de serem feitos inteiramente do mesmo material a grafite e o diamante têm propriedades tão diferentes.

 

Sabia que Vénus é o planeta mais quente do Sistema Solar?

O Sistema Solar é composto por oito planetas; Vénus é o segundo mais próximo do Sol. Juntamente com o Sol e a Lua, Vénus é um dos corpos mais brilhantes que conseguimos observar no céu, sendo por isso também chamado de estrela da manhã e da tarde.

De todos os planetas do Sistema Solar, Vénus é considerado o “irmão” da Terra. Os dois planetas têm tamanhos e massas similares: Vénus tem cerca de 95% do diâmetro e 80% da massa do planeta Terra. Ambos possuem atmosfera, embora com composição bastante diferente.

A atmosfera terrestre é composta essencialmente por nitrogénio (N2) e oxigénio (O2), contendo ainda, em menor percentagem, outros gases como dióxido de carbono, metano e ozono que são responsáveis pelo efeito de estufa. Por outro lado, a atmosfera de Vénus é muito mais densa que a da Terra, sendo essencialmente composta por dióxido de carbono (CO2), um dos gases responsáveis pelo efeito de estufa.

  • Assim, é devido ao efeito de estufa que a superfície de Vénus é bastante aquecida, fazendo com que este seja o planeta mais quente do Sistema Solar, com temperaturas a rondar os 470˚C.

Sabia que o sabão tradicional é um poderoso desinfetante?

Neste tempo de pandemia, em que é recomendável lavar as mãos constantemente, e em que o gel desinfetante desapareceu do mercado ou tem preços extremamente elevados, há que arranjar alternativas. E a alternativa é tão boa ou melhor que os desinfetantes à base de álcool: trata-se do sabão tradicional.

Quem não se lembra daquelas grandes barras de sabão que as nossas avós tinham junto aos tanques de lavar a roupa? Nessa altura não sabíamos que este sabão é um poderoso desinfetante.  

Antes de existirem soluções específicas desenvolvidas pela indústria farmacêutica, o sabão azul e branco era utilizado para desinfetar blocos operatórios, laboratórios e os seus profissionais. Mas ele é, também, muito eficaz para a higiene pessoal. Em certos casos é até aconselhável usá-lo no banho, literalmente dos pés à cabeça.

O sabão não é mais que uma mistura entre sabão, gordura, soda caustica/hidróxido de sódio (NaOH), silicato de sódio (Na2SiO3), agente branqueador e um corante.

  • Como podemos observar, não é um produto propriamente biológico, mas é bastante eficaz na eliminação de micro-organismos que podem ser prejudiciais à saúde.

Sabia que a camada de ozono protege os sistemas biológicos da terra

 
 
 
 
 
 

Além deste programa de atividades à distância, o Curtir Ciência – Centro Ciência Viva de Guimarães está envolvido na produção de viseiras de proteção, com uso das suas impressoras 3D. O material de proteção será oferecido a instituições de Guimarães que estão envolvidos nos grandes esforços de contenção da Covid-19.

Além disso, o Curtir Ciência assegura neste período o atendimento pelos meios habituais: telefone 253510830  email geral@ccvguimaraes.pt.

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