Dia Mundial da Rádio: dos primórdios às redes sociais

Publicado por Joaquim Forte

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O Curtir Ciência – Centro Ciência Viva de Guimarães voltou a assinalar o Dia Mundial da Rádio com uma conversa que reuniu protagonistas da área e alunos do curso de Comunicação e Vendas da Escola Profissional Cisave.

Longe vão os tempos das chamadas “rádios piratas”. Nos anos 80 do século XX, elas disseminaram-se pelo País graças ao envolvimento de muitos jovens de então. Muitas delas eram projetos sem grande estrutura (de meios, financeiros e de recursos humanos), mas outras foram a escola de muitos profissionais. Com o passar dos anos o cenário mudou: as rádios locais foram alvo de um processo de legalização, através do concurso nacional para atribuição de frequências de radiodifusão. No caso de Guimarães, foram atribuídas frequências à Rádio Fundação e à Rádio Santiago, que ainda hoje emitem e são projetos de cariz profissional que abrangem outras áreas da comunicação.

António José Castro, um dos vimaranenses que andaram envolvidos nos projetos de “rádios piratas” em Guimarães, veio ao Curtir Ciência partilhar experiências e memórias desse tempo com alunos do Curso de Comunicação e Vendas da Escola Profissional Cisave. Recordou os primórdios da formação de rádios locais, como a Rádio Guimarães em cuja dinamização, referiu, estiveram jovens que são, atualmente, figuras de relevo.

A seu lado, Pedro Cunha, responsável pela Comunicação no Laboratório da Paisagem de Guimarães e colaborador da Rádio Santiago, referiu os novos desafios que se abrem às rádios locais decorrentes das redes sociais. “Vieram diversificar a forma como ouvimos rádio”, sublinhou, acrescentando que hoje não se ouve rádio apenas no carro ou em casa. “Ela está acessível através de um telemóvel ou de um portátil”. A terminar, como que a deixar no ar uma possível conversa no próximo ano, referiu-se ao mundo que haveria para discutir sobre o asunto, nomeadamente o chamado fenómeno das “fake news”. 

Duas gerações, duas visões sobre comunicação: Pedro Cunha e António José Castro
Sérgio Silva, Diretor do Curtir Ciência, abriu a sessão
Sala cheia com alunos do Curso de Comunicação e Vendas da Cisave
btt